Wednesday 9 May 2007

As mãos do mestre

Mãos que viram o tempo passar, sem cessar a dedicação. Mãos que se sujavam no pó, dia após dia sem interromper o processo da vida. A voz serena, o coração imenso, que sempre guardam tantas recordações. Eles viram o tempo passar, a vida ganhando sentido, e nem se importaram com a própria vida deles, mas com quem nós seríamos um dia.

Homens e mulheres, os quais muitas vezes tomavam a posição de nossos pais, para nos ensinar que o caminho não seria nada fácil. É claro que merecíamos algumas palmadas, mas sua paciência nos ensinava a conviver em meio a tantas diferenças. Alguns s eram ricos, outros pobres, mas para eles nunca houve distinção. Eram eles que faziam da sala de aula um verdadeiro palco, onde os únicos protagonistas éramos nós. Esqueciam que o findar do dia encerrava mais uma jornada, e faziam horas extras á noite e finais de semana, nos ajudando a recuperar as notas.

Talvez não nos lembramos de muitos deles, mas seus diários guardam cada dia que ali estivemos. A gente não sabia, mas eles torciam enlouquecidamente pelo nosso sucesso.
O tempo guardou em gavetas os registros de que um dia ali estivemos, mas eles guardaram em seu coração cada ano que passamos juntos. Hoje estamos no grande palco da vida, e nada mais justo que agradecer a eles por tudo que nos tornamos.

Ben-Hur Scheidt
Homenagem a todos os professores do UNASP.

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