Luzes se apagam, o sono invade
A fala cessa, o silencio reage
O relógio juiz então julga
E quase cedo, por isso e tarde.
A cidade perde o brilho,
O amanhecer ofuscado retorna o tom de cinza
A lua vigiando o frio que dissipa as ruas,
Me dou conta que o dia ainda não terminou.
A insônia me persegue,
Tento trocar de lado,
travesseiro também se torna culpado
Desisto do sono,
Desafio a solidão
Cabeça quente,
Pés gelados.
O silencio grita de forma repentina,
Rouba o sono dos pobres,
Dos ricos, seja velho ou menina
Sem do ou piedade
E a velha sina
Perto do amanhecer
Escuto os relógios falantes,
Ponteiros saltitantes,
Que nessa hora dançam com muito mais euforia.
Apenas o silencio, era tudo que eu queria
A chuva que caia sutil se transforma em gritaria
Todos os barulhos orquestram
Formando uma sinfonia.
Um cafe corrido,
Sela o sono perdido,
Outro dia começa,
A rotina e o desconhecido,
Foi preciso que o sono morresse,
Para que o peito tivesse vivido.