Tuesday 10 April 2007

As Páginas da Minha Vida

Vou lhes contar sobre o diário de minha vida, como o descrevo é o meu modo de pensar.A vida não passa de um simples caderno, onde as páginas deste, vem o tempo marcar.
Minha vida neste exato momento é escrita por minhas próprias mãos. Escrevo agora em umas de suas páginas vazias, deixada de lado, apagada e confusa.
E assim começa a surgir o diário da minha vida.
Com o passar dos anos as páginas vão sendo escritas, no meu simples caderno elas se distinguem entre sentimentos e emoções.

A página da alegria, a da nobreza, a página da dor,da morte e a mais escrita, a página da saudade.
Quantas vezes chorei, e marquei as páginas da tristeza com lágrimas, não que fosse pra mostrar minha fraqueza, mas servia de inspiração nas lutas.
Quantas vezes assinei as páginas da ilusão, deixando lá registrados vários sonhos de infância.

Quantas vezes caí, e com o próprio sangue manchei a página da dor, mas mesmo assim sempre me fiz forte. Ás vezes que sorri, conto ás páginas nos dedos, nas outras que perdi,rabisquei as páginas sombrias da morte.
Andava quase sempre na página da pobreza, para ela até comprei um caderno a parte, parece cômico contar, mas trata-se da mais pura verdade.
Das vezes que escrevi nas páginas da nobreza, um resumo dela fiz, vaidade, tudo é vaidade, pois não passam de páginas que nunca existiram, não passam de sonho e ilusão.
Escrevi muitas vezes nas páginas da saudade, essas sim com letras minúsculas, tentei colocar o nome de tudo e de todos, e dos lugares que eu conheci.
Saudade e amor andam juntas, no amor nunca me dei tão bem, ás vezes tento ler os garranchos que nesta página escrevi, mas nada consigo entender.
Pensava que essa seria uma página mais alegre, mas era tudo tão passageiro.
Há muitas histórias nessa “tal” página do amor, umas até bem engraçadas, revelam que as mulheres não são nada complicadas.
Gosto muito da página do futuro, sempre fui muito idealizador, ficava pensando, o pessimista reclama de tudo, o otimista sonha, e o realista trabalha.
E eu ? Escrevo. Por que esse negócio de trabalho nunca me deu muito lucro, mas claro edificou meu caráter.
Pra ser bem sucinto, você pode estar lendo esta página achando que tudo ainda vai acabar em humor.

Não querendo ser dramático, tudo que você acaba de ler, é apenas mais um capítulo do meu livro chamado solidão.
Todas essas páginas descritas fazem parte desta obra. Passei por várias páginas ao longo da minha vida, mas em todas elas a solidão me acompanhava.
Dedico à solidão, minha velha companheira estas páginas, não que eu a ame, mas pra que ela vá embora, até feliz por saber que eu nunca a esquecerei.

E assim fecho mais um capítulo das páginas da minha vida.

Por
Ben-Hur Scheidt

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