Sunday 27 September 2009

Estrago

Um sonho por água abaixo

Os moradores da Rua José Fidêncio Hosttmann, no Alto Aririú em Palhoça, já não sabem mais o que fazer para acabar de vez com os problemas que há 20 anos causam transtornos aos moradores.A rua tem 95 metros de extensão, e há cerca de um mês atrás foi pavimentada depois de muitas queixas e esforço dos moradores. A prefeitura fez um acerto com os proprietários dos lotes. Eles pagaram a mão de obra e a prefeitura deu o material. Uma empreiteira foi á responsável pela pavimentação.
A rua era intransitável, chegando fazer a moradora Hilda Ramos do Nascimento, de 79 anos, se mudar depois de uma queda na rua, que fez a dona de casa colocar uma placa de platina no pé. Depois de 20 anos a espera do calçamento, finalmente veio.
O asfaltamento da rua foi terminado no dia 29 de agosto deste ano. No dia seguinte três canos de abastecimento de água foram rompidos inundando o calçamento que tinha acabado de ser colocado.

A água escorreu durante o dia todo, amolecendo a terra colocada para assentar as lajotas, tanto que os moradores evitavam passar com os seus veículos, até que a companhia de abastecimento, Águas de Palhoça, tomasse uma providência.
No dia 31 de agosto, a Águas de Palhoça, iniciou o processo de restauração dos canos rompidos, mas o problema não parou por ali.

Um problema atrás do outro

“Eles subiram a rua com uma retro escavadeira afundando todas as lajotas, danificou todo o calçamento” lamenta Vanderlei Jochem, 31 anos. “Para calçar a rua nós pagamos R$500 por lote, dividido em quatro vezes pela prefeitura, referente à mão-de-obra. Já o material a prefeitura cedeu” afirmou Jochem. “Vamos pagar agora a terceira parcela, mas ainda não podemos dizer que temos uma rua”, completou o morador.
Parte dos entulhos retirados pela companhia de abastecimento foi jogado nos quintais de alguns vizinhos, que não conseguiam entrar com seus veículos na garagem. “Onde tinha os canos eles abriram buracos, depois taparam mas, tá parecendo lombadas pela rua”, diz Robisom Goedert, 36 anos, cobrador de ônibus.

Depois de arrumado o vazamento, as lajotas foram recolocadas de qualquer jeito na rua, o que deixou a rua em desnível. A rua traz perigo pra quem desce caminhando ou de automóvel. Pois as lajotas mal colocadas estão formando relevos no chão, impossibilitando os moradores de transitar. “Os carros batem com o fundo no chão quando passam, a gente até evita sair” afirmou o cobrador. Assim, o sonho dos moradores que levou 20 anos para se concretizar, acaba se tornando uma história sem fim.

Águas de Palhoça promete reconstrução

A companhia Águas de Palhoça, informou através do Engenheiro Civil Vilson Rodrigues, que não havia outra forma de arrumar a rua, a não ser com a máquina. Vilson afirmou saber dos problemas ocorridos na rua, e disse que a companhia está tomando providências para que o mais breve possível a situação seja regularizada.
Segundo Vilson, a companhia pode até fazer reparos na rua, mas é mais indicado que a empreiteira que pavimentou regularize a situação, por que eles estariam melhor informados das necessidades do local.“Os moradores não precisam se preocupar. Qualquer custo que tenha para regularizar a situação vai ser por conta da Águas de Palhoça” disse Vilson. “Só estávamos esperando uma resposta da empreiteira, que já informou começar as obras no dia 29 deste mês” completa.

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